domingo, 13 de dezembro de 2009

O mundo de Jorge Lima





Fazer um vídeo com ampla estrutura é razoavelmente fácil. O problema é quando sua equipe é formada apenas por você e você. Câmera, iluminador, repórter .. tudo ao mesmo tempo. Abri mão de uma filmadora com mais recursos e sensibilidade, e fiz tudo com uma câmera fotográfica Sony. A edição também foi a mais modesta possível. Nada de ilha de edição, mas o Movie Maker no computador caseiro. O programa é bem simples e intuitivo. Inicialmente, o entrave foi conseguir tirar o som das filmagens, com excessivos ruídos em decorrência de uma manifestação que ocorreu no momento das filmagens. A saída foi retirar o som, fazer o off e incluir a trilha sonora.  Todo o OFF foi gravado com o Audio Record.  Os efeitos e transições são do próprio Movie Maker. Ao final, outro problema. O programa da Microsoft só gera em .mwsmm, que corresponde ao arquivo do projeto feito. A solução foi baixar o K-lite Mega Codec Pack. A partir daí, ao clicar em publicar vídeo, tudo ocorreu tranquilamente e sem novos transtornos.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O mundo de Jorge Lima: o roteiro


Fazer um roteiro é sempre um desafio. O que se busca e imagina, nem sempre é o que se conseguirá produzir. Optei, então, por uma forma bem simplificada de roteiro, apenas com as indicações fundamentais e sem especificar demais ângulos, cenas ou efeitos. A proposta, em decorrência do pouco tempo para se idealizar, executar, editar e "distribuir" foi fazer um guia, sem amarrar o trabalho de edição.  Essa, na realidade, é uma segunda versão, já que a primeira tinha um texto que não se encaixava no que eu buscava com o trabalho. Parecia sempre que tinha algo fora do lugar. Já com algumas cenas gravadas, refiz o roteiro, o que melhorou o resultado final do vídeo, que deve ser visto apenas como um trabalho experimental.



O mundo de Jorge Lima: a sinopse

A tarefa da última semana do Curso de Jornalismo 2.0 era produzir um vídeo, com direito a sinopse, roteiro e storyboard.  Esta última, acabou prejudicada, em função do tempo. A ideia, então, foi abordar a Casa Jorge Lima, memorial que descobri, apesar das portas fechadas, em função do TCC de meus orientandos. Apesar dos entraves, conseguimos as chaves. Pude, então, fazer as filmagens e realizar uma longa visita.  Segue a sinopse!



SINOPSE

A Casa Jorge Lima, memorial dedicado ao renomado poeta modernista, foi inaugurada há pouco menos de um ano, em pleno Centro de Maceió (AL), mas vive fechada por carência de funcionários. O sobrado que abriga o acervo dedicado ao autor foi integralmente restaurado com recursos da Lei Rouanet, e agora se prepara para tentar receber os turistas pelo menos nos próximos três meses, os de alta temporada. No espaço, estão textos, telas, painéis, esculturas e objetos pessoais de Jorge Lima, um dos mais renomados poetas alagoanos, que integrou a chamada geração de 30 e  foi contemporâneo de José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Murilo Mendes e Cecília Meireles.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

TIROTEIO E TERROR NA PONTA VERDE


Populares se aglomeram para assistir ação da PM após tentativa de assalto
 
Os primeiros sons, pareciam fogos. A insistência e a repetição, no entanto, chamaram a atenção de Geraldo Cruz, que correu até a sacada de seu prédio para tentar desvendar a origem do barulho. Bem abaixo de sua janela, a cena de filme se desenrolava. Policiais corriam, cercavam a loja de materiais esportivos ao lado da praça do bairro, de armas em punho, enquanto outras viaturas começavam a chegar sem parar. De dentro da loja, os bandidos continuaram a atirar, até que, frente à desvantagem - de armas e de homens -, resolveram se render. Com socos e chutes, foram colocados dentro de uma das viaturas da Polícia Militar. 

 
Populares correm. Ao fundo, à esquerda, policias iniciam captura ao bandido

Um, no entanto, conseguiu fugir pelos fundos da loja, pulando o muro e alcançando o prédio vizinho. E foi ele quem mobilizou a chegada de mais reforços. Dez carros do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Militar, com cerca de 40 homens, cães farejadores, e policiais de bicicleta lotaram a região em verdadeira operação de guerra. O som do giroflex ligado deu certeza à comunidade de que, se o barulho inicial poderia ser confundido com qualquer outro, agora não havia mais dúvida de que o bairro tinha sido, mais uma vez, alvo de assalto.

Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, cidade com índices invejáveis de segurança, Geraldo mora em Maceió (AL) há pouco mais de dois anos, mas foi a primeira vez que presenciou algo do gênero. Preferiu manter a segura distância necessária do fato, enquanto populares se aglomeravam nas proximidades da loja, na esquina das ruas Durval Guimarães com Pompeu Sarmento. Os índices preocupantes da capital nordestina fazem com que redobre a atenção com a segurança. “O pior é que a gente não vê ninguém fazendo nada”, analisa.


Crédito: Gazeta de Alagoas
Ação e terror
Vestidos com camisa de grandes agremiações, os bandidos entraram na loja, como clientes, por volta das 10 horas de quarta-feira (dia 25 de novembro). A porta do estabelecimento, que já foi alvo de outros assaltos, vive trancada, assim como a maioria das lojas da região. Localizada no bairro de classe média alta que abriga um dos principais cartões postais de Alagoas, a praia da Ponta Verde, a loja é frequente alvo de furtos e assaltos e os funcionários fazem uma espécie de “triagem” dos fregueses. 
 
Crédito: Gazeta de Alagoas
Após render os quatro funcionários, os criminosos lotaram seis sacolas. A movimentação atípica, no entanto, foi percebida pelo segurança de um estabelecimento comercial vizinho, que acionou a polícia. Após resistir à prisão, o terceiro integrante do grupo ainda fugiu pelas ruas vizinhas, ocasionando o tiroteio nas proximidades. Alunos de escolas próximas corriam para tentar se proteger. 


O criminoso atingiu o colete à prova de balas de um PM, mas, vestido apenas com a camisa do Flamengo, não escapou de três disparos. Ferido, identificado pela Polícia como Fabrício Costa de Souza, 25 anos, que já teria prisão decretada por outra ação do mesmo gênero no mesmo bairro, foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado, onde já chegou morto. 
 
Ranking nacional
O crime vai entrar para as estatísticas como mais uma tentativa de assalto na capital de Alagoas, como mais um homicídio. Na prática, porém, os moradores assistem uma escalada de violência que, se antes estava restrita à periferia da cidade, agora já atinge também as áreas mais nobres. O assunto promete ser largamente explorado na campanha eleitoral de 2010. Desde já, os prováveis candidatos fazem críticas à cúpula de segurança do Governo estadual, antecipando o debate. Apesar da frequente aparição de Maceió como uma das cidades mais violentas do país, pouco se tem feito para alterar o quadro.  

TAXA HOMICÍDIOS NAS CAPITAIS (POR CEM MIL HAB.)
MAPA DA VIOLÊNCIA 2008





Editar pode ser simples

Editar fotos com o Irfanview é tarefa bem simples. O programa é leve e oferece recursos básicos e fundamentais para tratar imagens. Recortar, editar, corrigir cores, brilho e contraste estão entre as opções. Suporta vários formatos e também permite conversão, o que é um forte facilitador para os dias atuais. Quem não necessita de um editor profissional, vai se considerar bem atendido pelo Irfanview. 

Na definição dos professor Carlos Castilho, ele  é o “fusquinha” dos editores, mas eu completaria afirmando que pode até ser um fusquinha – eficiente e econômico -, mas bastante turbinado. Não deixa nada a dever aos outros programas do gênero existentes no mercado e, o que é melhor, não tem aquela infinidade de janelas que mais complicam do que facilitam a vida do usuário. 

Para as duas fotos postadas abaixo, as tarefas foram Redimensionar (Foto1) e Recortar (Foto2).  Ambas podem ser realizadas rapidamente no Irfanview. 

REDIMENSIONAR 
Para redimensionar, basta  abrir a imagem e, em seguida, clicar em “imagem”. Aparecerá o menu no qual está a palavra “Redimensionar”. Agora, basta apenas você clicar em “definir tamanho” e assinalar o tamanho desejado, seja em pixels, centímetros ou polegadas. Também é possível realizar o processo clicando na caixa “novo tamanho com % do original”.  No caso da foto abaixo, optei por um formato mais leve, para postar na web.

Praia da Ponta Verde, Maceió (AL)

RECORTAR
O recorte também é feito de maneira muito prática. Com a imagem aberta, basta selecionar a parte desejada (arrastando o mouse até definir a área desejada). Em seguida, clica-se em “Editar”, “Copiar”. Daí, basta clicar em “Imagem”, “Criar nova imagem”.  Opte por “Editar”,  “colar”. Então, falta apenas salvar na extensão que se deseja. 

Artesanato regional no Picuí, Maceió, AL

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Motores de busca: muito mais que Google



Os motores de busca são ferramentas valiosas em um mundo com tantos bytes e bits perdidos por aí. Como em um toque mágico, ao simples digitar de uma palavra-chave, surgem milhares de respostas. Só para se ter uma ideia, ao solicitar informações no Google, o atual rei do mercado, para “Crise na imprensa”, em 20 segundos surgiram nada menos que 7.460.000 opções de respostas. E como a maioria das pessoas não consegue vasculhar mais do que as primeiras páginas de respostas, o hábito aqui é instrumento poderoso. Como um verdadeiro oráculo, é nos motores de busca que, diariamente, buscamos respostas - ainda que de maneira preliminar - para muitas de nossas perguntas.

Para os conservadores de plantão, aí vai a dica: garimpar a rede pode garantir ótimos resultados. Além do Google e Yahoo, que dominam o mercado, em julho a poderosa Microsoft lançou o Bing , sem contar o Ask. Os quatro motores de busca somam 98,7% das preferências no mercado americano, conforme pesquisa StartCounter divulgada pelo G1. Longe desse grupo, no entanto, vale a pena consultar o que existe na rede. Dogpile, Clusty e DeepDyve e Radar UOL também oferecem bons resultados.


PALAVRA-CHAVE
O desafio dessa etapa era testar os oito mecanismos de busca citados acima. Em todos, deveria ser digitado o termo “Crise na imprensa”, a fim de conferir, prioritariamente, os cinco primeiros resultados (veja resultado acima).

Entre todos os mecanimos de busca, o Google é o que, quantitativamente e qualitativamente, oferece mais opções. Pode-se fazer uma investigação cronológica sobre o tema, anexar imagens, mapas, verificar ocorrências apenas em notícias ou fóruns. Enfim: o usuário pode adaptar a ferramenta conforme suas necessidades. Quem digita a tal palavra-chave, porém, poderá observar que o primeiro resultado estava longe de atender qualquer expectativa. Para essa pesquisa, os links patrocinados, que atualmente dominam a ferramenta, não apareceram. Sem abordar claramente o tema, o primeiro resultado da busca direcionava para um fórum virtual (veja quadro).

A REAÇÃO DA MICROSOFT
Já no Bing, lançado em junho pela gigante Microsoft para recuperar terreno, o usuário pode agregar vídeos, imagens, notícias, mapas e roteiros de viagem. Todos os usuários de MSN foram invadidos desde então pela instalação automática da janelinha de busca do Bing. Versões antigas tiveram que ser trocadas pelos usuários como parte da estratégia de marketing da gigante. O universo pesquisado pelo Bing, no entanto, ainda é menor. Se no Google chegou a 7.460.000 resultados, no Bing foram exatos 245. Os resultados também foram completamente diferentes (veja quadro). A aposta do Bing é a tecnologia semântica, que busca auxiliar os internautas no reconhecimento não só das palavras-chave, mas também com interpretações de frases específicas.

Aliás, entre os sete motores de busca analisados, Radar UOL e Ask ostentaram resultados bastante semelhantes ao do Google. Os três parecem utilizar o mesmo sistema de busca. No Ask, no entanto, foram 451.000 opções de resposta, enquanto o Radar UOL chegou a 931. Esses dois apresentam interface mais limpas e desprovidas de muitos recursos adicionais. O diferencial do UOL é a pesquisa específica no banco de dados do sistema Folha, enquanto o Ask incorpora resultados de vídeo, como Youtube.

DOGPILE=GOOGLE+YAHOO+ASK+BING
Já o Dogpile agrega, de forma prática, diversos bancos de dados, entre esses, Google, Yahoo, Ask e Bing. Se, de um lado, apresenta como vantagem o fato de reunir na mesma página os quatro maiores do mercado que utilizam sistema próprio e de apresentar página limpa, por outro, não apresenta um forte refinamento nos resultados.

Já o DeepDyve tem como grande diferencial a incorporação em seus sistemas de banco de dados sobre medicina, informações sobre patentes, artigos científicos e Wikipédia. Para “Crise na Imprensa”, foram listados 89.406 resultados. Alguns dos resultados das buscas, no entanto, são cobrados. Além disso, a página tem uma interface poluída, que dificulta o acesso imediato do usuário às informações.


Já o Clusty possui página fácil de visualização e limpa. Com 1.840 links para a palavra-chave utilizada, listou em primeiro lugar um vídeo do Youtube que, na realidade, trata da liberdade de imprensa. Sua forma de indexação garante alguns links muito interessantes para o tema pesquisado, sem cair na homogeinização imposta pelo padrão Google. O motor oferece, ainda, um fácil e prático menu na página de resultados, que permite o refinamento instantâneo em diferentes opções.

PARA SABER UM POUCO MAIS:

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Customize sua agência: RSS e Google Reader


O desafio da semana era comparar o RSS (Really Simple Syndication) com o Google Reader. Tarefa prazerosa, que me lembrou o uso de uma Agência de Notícias, mas totalmente customizada. Quem chegou a utilizar agências ainda no período em que a Internet apenas engatinhava, sabe do que estou falando. Bem, mas agora qualquer usuário pode instalar um dos leitores de RSS em seu computador e partilhar da experiência de acompanhar as informações, simultaneamente, em um mesmo espaço, sem necessidade de ficar peregrinando de página em página e com a certeza da incorporação automática de todas as atualizações.

Para aqueles que não tem toda essa paixão por notícias que nós, jornalistas, partilhamos, não há qualquer problema. O recurso pode ser utilizado nos mais diferentes sites, desde que tenha a tecnologia RSS. Para o usuário, basta possuir o tal do programa leitor de RSS, conhecido como “agregador”. Há várias opções no mercado, algumas, inclusive, pagas. Entre os mais utilizados, pode-se destacar FeedDemon (Free apenas por 30 dias), News Gator, FeedReader, Leitor de Notícias, entre outros.


Olho no quadrado laranja
O sistema é absolutamente simples, e a interface lembra muito a de um e-mail.  O melhor é que você reúne no mesmo espaço todas as informações que você costuma buscar na Internet em uma única tela. Basta procurar aquele quadradinho laranja de RSS, também chamados de feeds, nas páginas de sua preferência e copiar o endereço para o seu agregador preferido. Para isso, é suficiente clicar com o botão direito do mouse sobre o link e escolher “copiar atalho”. No programa de sua preferência, utilize “Adicionar fonte" ou "Add feed". Alguns programas já fazem essa incorporação automaticamente a partir do momento em que você assinala o RSS, caso do FeedReader.



FeedReader X Leitor de Notícias
Para fazer a avaliação, utilizei o FeedReader e o Leitor de Notícias. Ambos são bem simples. Quem procura informação com uma interface totalmente descomplicada ficará bem atendido com o Leitor de Notícias. Já o FeedReader apresenta alguns recursos a mais, como uma janela específica para passar as notícias ainda não lidas. Nos dois casos, é possível ler as matérias na própria interface, por meio da página de origem (veja reprodução da página do FeedReader abaixo).


A observação diária foi realizada com a página de Política do G1. As notícias chegam ao longo do dia e, também como em uma agência, o maior volume é concentrado no final da tarde e início da noite. O FeedReader oferece, ainda, na mesma página, link para informações do dia anterior ou mesmo da semana anterior. Sem dúvidas, o Leitor de Notícias (veja ilustração abaixo) permite melhor visualização da página de origem, em decorrência de sua simplicidade quase espartana, além de não contar com uma insistente janelinha que avisa minuto a minuto tudo o que está sendo incorporado ao “agregador”.




Baixar programas?
Com o Google Reader, não há necessidade de instalar o programa, apesar de ele oferecer tal opção. Em compensação, é preciso ter uma conta Gmail. A customização da página é possível, dentro do universo oferecido pelo Google. Nesse caso, dá para solicitar tradução de página (via Google) e também observar as estatísticas das páginas lidas como, por exemplo, as tendências de leitura, ou seja, quanto de informação você recebeu, quanto leu e o que foi descartado. A exemplo dos leitores de RSS, também é possível escolher os sites que se quer seguir e criar pacotes de leituras que poderão ser compartilhados com outras pessoas. Também no caso da página do G1, atendeu todas as expectativas.




Tempo de agregar
Para qualquer jornalista ou profissional de comunicação, a informação é fundamental. Nesse sentido, o uso dos leitores de RSS representa um amplo avanço. Com um simples smartphone é possível estar atualizado minuto a minuto em qualquer ponto do planeta que ofereça conexão. Nesse caso, vale a simplicidade oferecida pelo Leitor de Notícias, que cumpre bem o papel de informar, com boas navegabilidade e usabilidade. Já o Google Reader pode ser visto como uma ferramenta mais sofisticada, com mais opções de uso e de configuração.
Agora é sua vez. Vamos testar??? mãos à obra!!!









sábado, 14 de novembro de 2009

Consumo abre espaço à criação

Que estamos em plena revolução no mundo digital, ninguém duvida. Mas como classificar esses novos tempos tão fluidos, no qual o consumo cedeu espaço à criação? Sim, porque se a Web 1.0 pode ser lembrada como a época em que se buscava mais e mais informações na rede, período da descoberta dos grandes bancos de dados e das mensagens instantâneas, na 2.0 esse antigo receptor ganha status de ator principal. O usuário passa a contar com mecanismos suficientes para construir e compartilhar informações, partilhar dados e opiniões. Na era do Twitter, Facebook, Flickr, Orkut, Youtube e Wikipédia, a ordem é postar e comentar.

A essência democrática caracteriza mais que nunca essa nova fase da Web, na qual o usuário é a figura central. O termo Web 2.0, cunhado pelo presidente e CEO da Reilly Media, Tim Reilly, em 2005, para uma sessão de palestras, classificou uma fase em que a internet deve ser vista como plataforma (e não mais como uma rede de computadores), marcada por uma “melhor experiência do usuário”, com valorização do conteúdo colaborativo e da inteligência coletiva, e na qual chega ao fim o ciclo de lançamento e atualização de softwares tradicionais. Nessa etapa, a programação deve ser prioritariamente simples.


ERA COLABORATIVA
Conforme destacam os autores Cormode e Krishnamurthy, essa segunda fase da Web pode ser compreendida como aquela em que grande número de grupos pode trocar conteúdo de qualquer tipo (texto, áudio, vídeo) e de diferentes formas (blogs, comentários, avaliações). A utilização colaborativa, aliás, é marca essencial, assim como a possibilidade de deixar o conteúdo acessível para aplicações externas, com uma nova maneira de tratar a informação. Tornar o conteúdo acessível para aplicações externas significa permitir que programadores autônomos consigam criar aplicações personalizadas e únicas, com uso de XML, RSS, API’S, entre outros.

Nesse sentido, não se pode deixar de mencionar o Mashup, cuja definição na Wikipédia é aplicação web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo. A nova maneira de tratar a informação, conforme destaca o blogueiro Marco Gomes, faz com que os dados deixem de ser indexados segundo categorias e subcategorias, como estruturas de pastas, e passem a receber relacionamentos diretos com palavras-chave. “Sai a taxonomia, entra a folksonomia”, lembra ele, para usar os mesmos termos anteriormente apontados por Tim Reilly.

INTERATIVIDADE
Por fim, não se poderia deixar de abordar a diferença na natureza dos sites, que distingue de maneira fundamental as duas fases da Web. Enquanto a primeira foi cenário de sítios “estáticos”, que expulsavam seus usuários ao menor clique, agora, a ideia é retê-lo ao máximo possível. Assim, a ordem é investir na interatividade, propiciar que o usuário possa se sentir colaborador e que retorne ao site por várias vezes. Assim, o incentivo à criação de contas para participar plenamente de alguns sites passou a ser comum, numa estratégia atualmente maximizada pelo Google.