sábado, 21 de novembro de 2009

Motores de busca: muito mais que Google



Os motores de busca são ferramentas valiosas em um mundo com tantos bytes e bits perdidos por aí. Como em um toque mágico, ao simples digitar de uma palavra-chave, surgem milhares de respostas. Só para se ter uma ideia, ao solicitar informações no Google, o atual rei do mercado, para “Crise na imprensa”, em 20 segundos surgiram nada menos que 7.460.000 opções de respostas. E como a maioria das pessoas não consegue vasculhar mais do que as primeiras páginas de respostas, o hábito aqui é instrumento poderoso. Como um verdadeiro oráculo, é nos motores de busca que, diariamente, buscamos respostas - ainda que de maneira preliminar - para muitas de nossas perguntas.

Para os conservadores de plantão, aí vai a dica: garimpar a rede pode garantir ótimos resultados. Além do Google e Yahoo, que dominam o mercado, em julho a poderosa Microsoft lançou o Bing , sem contar o Ask. Os quatro motores de busca somam 98,7% das preferências no mercado americano, conforme pesquisa StartCounter divulgada pelo G1. Longe desse grupo, no entanto, vale a pena consultar o que existe na rede. Dogpile, Clusty e DeepDyve e Radar UOL também oferecem bons resultados.


PALAVRA-CHAVE
O desafio dessa etapa era testar os oito mecanismos de busca citados acima. Em todos, deveria ser digitado o termo “Crise na imprensa”, a fim de conferir, prioritariamente, os cinco primeiros resultados (veja resultado acima).

Entre todos os mecanimos de busca, o Google é o que, quantitativamente e qualitativamente, oferece mais opções. Pode-se fazer uma investigação cronológica sobre o tema, anexar imagens, mapas, verificar ocorrências apenas em notícias ou fóruns. Enfim: o usuário pode adaptar a ferramenta conforme suas necessidades. Quem digita a tal palavra-chave, porém, poderá observar que o primeiro resultado estava longe de atender qualquer expectativa. Para essa pesquisa, os links patrocinados, que atualmente dominam a ferramenta, não apareceram. Sem abordar claramente o tema, o primeiro resultado da busca direcionava para um fórum virtual (veja quadro).

A REAÇÃO DA MICROSOFT
Já no Bing, lançado em junho pela gigante Microsoft para recuperar terreno, o usuário pode agregar vídeos, imagens, notícias, mapas e roteiros de viagem. Todos os usuários de MSN foram invadidos desde então pela instalação automática da janelinha de busca do Bing. Versões antigas tiveram que ser trocadas pelos usuários como parte da estratégia de marketing da gigante. O universo pesquisado pelo Bing, no entanto, ainda é menor. Se no Google chegou a 7.460.000 resultados, no Bing foram exatos 245. Os resultados também foram completamente diferentes (veja quadro). A aposta do Bing é a tecnologia semântica, que busca auxiliar os internautas no reconhecimento não só das palavras-chave, mas também com interpretações de frases específicas.

Aliás, entre os sete motores de busca analisados, Radar UOL e Ask ostentaram resultados bastante semelhantes ao do Google. Os três parecem utilizar o mesmo sistema de busca. No Ask, no entanto, foram 451.000 opções de resposta, enquanto o Radar UOL chegou a 931. Esses dois apresentam interface mais limpas e desprovidas de muitos recursos adicionais. O diferencial do UOL é a pesquisa específica no banco de dados do sistema Folha, enquanto o Ask incorpora resultados de vídeo, como Youtube.

DOGPILE=GOOGLE+YAHOO+ASK+BING
Já o Dogpile agrega, de forma prática, diversos bancos de dados, entre esses, Google, Yahoo, Ask e Bing. Se, de um lado, apresenta como vantagem o fato de reunir na mesma página os quatro maiores do mercado que utilizam sistema próprio e de apresentar página limpa, por outro, não apresenta um forte refinamento nos resultados.

Já o DeepDyve tem como grande diferencial a incorporação em seus sistemas de banco de dados sobre medicina, informações sobre patentes, artigos científicos e Wikipédia. Para “Crise na Imprensa”, foram listados 89.406 resultados. Alguns dos resultados das buscas, no entanto, são cobrados. Além disso, a página tem uma interface poluída, que dificulta o acesso imediato do usuário às informações.


Já o Clusty possui página fácil de visualização e limpa. Com 1.840 links para a palavra-chave utilizada, listou em primeiro lugar um vídeo do Youtube que, na realidade, trata da liberdade de imprensa. Sua forma de indexação garante alguns links muito interessantes para o tema pesquisado, sem cair na homogeinização imposta pelo padrão Google. O motor oferece, ainda, um fácil e prático menu na página de resultados, que permite o refinamento instantâneo em diferentes opções.

PARA SABER UM POUCO MAIS:

Um comentário:

  1. Leila,
    Teu blog pode ser considerado uma referência em matéria de qualidade de texto, de informação e de ilustração. Você combinou muito bem estes três ingredientes na produção dos teus posts. Destaco no texto sobre buscas a inserção das tabelas e do vídeo, mostrando uma preocupação multimidia. No post sobre RSS, a comparação entre os resultados dos vários sistemas testados por você. E finalmente no texto sobre Web 2.0, achei muitolegal a tua preocupação em buscar fontes como o site First Monday, que é uma referência em matéria de artigos acadêmicos sobre internet.
    Parabéns pelo seu trabalho
    Castilho

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